terça-feira, 31 de maio de 2016

Deixa que eu conto sobre ela:

Sabe as vezes gente escreve algo que ainda faz sentido, escrito 02/07/2012.


Era apenas uma garota com seus pequenos sonhos, era uma simples menina, que gostava de brincar de boneca, gostava de estudar, gostava de se divertir, não que ela não tinha medos, tinha, inúmeros medos, medos estes:  de escuro, de andar sozinha, de cair da escada, de ficar algumas horas com sua irmã apenas (ela não era confiável ao seu ver).

A garotinha que não tinha medo algum de dizer ao seus pais que gostava de uma garotinho que era seu quase vizinho.

 Ela cresceu, parou de ter medo de ficar sozinha, mas continua com o medo de escuro. Já confia em sua irmã, hoje passa horas e horas com ela conversando.

Por milhões e milhões de vezes mudou de opinião sobre as pessoas. Um bom exemplo disso é uma de suas amigas hoje que quando era um pouco mais nova, xingava-a no ônibus a caminho  da escola, e xingava de coisas bobas como, nariz de porco, boba, ruiva; chamar a sua melhor amiga hoje de ruiva é um jeito carinhoso e só delas de se chamar.

No mesmo ano que começou a pegar ônibus, foi o mesmo ano que ela se mudou para um jardim novo da cidade, ela não gostava muito ta ideia

era longe, era longe dos seus colegas de rua, mesmo que ela não gostasse mais de seu quase vizinho ela iria sentir falta dele.

Para ver como ela era boba, ela conheceu algumas crianças do jardim, e quase não se preocupava mais, com agora colegas de rua, e por acaso em uma brincadeira acabou se apaixonando por outro garoto, por pura coincidência também morava em sua rua, alias ainda mora. Passaram um bom tempo juntos, brincavam, se apaixonaram, e por fim a acabou-se o que era doce, afinal era só mais uma experiência, acabou de modo estranho, mas nem importa mais eram apenas crianças, hoje são apenas colegas.

O tempo se encarregou de curar as dores da pequena, mas isso foi de modo absurdo, ela se tornou uma gorda, grossa e sem amigos, que se preocupava mesmo em ficar na frente da TV, ela já não era mais uma pequena, e se tornou uma tola.

Quando estava na sétima serie orgulhou-se de si e começou a sair, beber conhecer novas pessoas junto com sua Irmã. E sua irmã começou a se tornar uma tola, se apaixonou, e como tudo que é bom chega ao fim, sua irmã em uma dessas afogou-se em vodik e wisk. Mas não apenas de seus namoros infinitos, mas também de amizades quebradas, aproveitou e tirou toda a dor que ela tinha e compartilhou com sua irmã, que não era tão querida. Ela, ah ela a pequena, se apaixonou por um guitarrista, que seria o próximo a quebrar o seu coração que ainda estava muito frágil, mas que ela fingia ser duro, sendo grossa e mal humorada todo o tempo com pessoas que não mereciam.

Ficou com ele, ele mentiu a pediu em namoro na festa de aniversário de um amigo deles, algo que não era para ter acontecido, ela como tola que sempre foi aceitou, não importa como ele quebro o coração dela, mas desta vez não foi o tempo nem as circunstancias que fez isso com ela, foi apenas a escolha dele, desta vez o tempo curou mais rápido, desta vez ela foi mais madura.

 Estava ela no colegial quando começou a dar os primeiros passos por ela, curtia, ria, não era tão grossa nem tão tola, começou a ficar com um garotinho aqui e outro ali, já estava mais magra, se preocupava com ela, começou a cuidar de sua aparência, mais com seu lado menina que tinha se perdido. Passou mais um tempo e ela começou a ter mais algumas teorias sobre o amor, sobre as mentiras, traições, sobre garotos, coisas que fazem parte da sua alma, ela que não sentiu o mais puro dos amores, mas se apaixonou profundamente duas vezes e queria se vir longe disso queria somente curtir. Estava se sentindo aliviada por não precisar mais se importar com esse tipo de sentimento.

Finalmente se via livre. Não era mais coisa boba, era amor próprio mesmo, não tratava mais ninguém mal, beijo no rosto coisa que ela não tinha coragem de dar em ninguém ela dava, e abraçava amigos, como nunca, e tinham muitos, e muitos, ela estava quase pura de novo, quando por puro acaso, na festa de aniversario de um amigo deles; ela começa a conversa com aquele que seria o próximo fazê-la refazer suas teorias opiniões, observações, medos e erros.


Agora ela esta quase pura de novo, mas ainda sim, falta algo, como se ela ainda não tivesse cumprido a sua jornada.

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